quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Carta sem você

(Legenda na foto de Caio Fernando Abreu:"Uma alegria interna quase como uma primavera"- Foto de Flaviele Leite)

E a espera de cinco minutos é a eternidade aos meus sentidos...
Nariz a não-respirar nicotina;
Mãos, braços, pés... polvo inútil;
Língua sem papilas;
Ouvidos sem canção...
E os cinco minutos não são nada sem ele...
Mas esperei a vida inteira, por que não esperar cinco minutos?
Porque o Agora é rápido... Talvez não seja trans[lúcida] o suficiente...
Talvez o querer sempre, não é um dos quereres dele...
Guerra! Porque a paz apenas encontro no peito do meu amado...


(Escutando: SEM VOCÊ, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Curta o curto XXIV

Não sei se chove mais fora ou dentro;
O pluviomêtro marca: enchente na certa;
Não sei se enche o ente dentro ou fora!...

Curta o curto XXIII

Os caninos que me perdoem,
Mas ela está a latir e a expor:
-Seu gênio de cão!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aviso

Novamente estou em crise... comigo e com as letras!...
Assusta-me o fato de se repetir, de estar em turbilhões de pensamentos e sentimentos e correr o risco de expor (me) demais... Depois reler-me e sentir que era o momento fugaz de um existencialismo atômico... Explosão de coisas que simplesmente voam com qualquer brisa...
Diante disso, coloco-me como leitora e aguardo a serenidade necessária para pintar o Lá...Pois... ia...

Abraços sinceros!

Nadine Granad.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Curta o curto XXII

Gostaria de ouvir hoje: - A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada! (A FELICIDADE - Tom Jobim e Vinicius de Moraes)


Você diz: Siga!
Eu dou meus passos inseguros de formiga...
Eu digo: Venha!
Você me telefona...
Frustração é prato de sopa
E eu tenho cuspido letrinhas!...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Que seja doce...

(Foto por Flaviele Leite)


Eu sinto um pulsar novo;
Que é quase uma canção de ninar...
E de quase-ser inédita;
Fica quase a saltar pela boca!...

Não tenho mais o mesmo gás;
Os mesmos olhos;
Aliás, há tempos ventosidades levaram meu olhar!...

... E a música embala o sono;
Rir, chorar, quase uma síndrome bipolar;
O peito saltitante sussura e corrige com a melodia:
-Não há novidade em permitir-se!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tropeço no abismo

(Imagem retirada do Google)

Esbarro e hesito depois...
O depois é o entardecer,
O sol há muito se esconde,
As nuvens há tempos escurecem-se...

Fito o abismo e sou fitada...
Adesivada num buraco,
Adereço do abismo,
Abismada com o insondável...

Não sei se dói o pé ou o pesar...
Logo eu que não vejo no breu,
Apesar que há luz invisível,
Como há flores temporãs!...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Curta o curto XXI

Engulo o chá,
Amarga boca, amarga ventre...
Amargurada fico!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Não se esqueça do amor...

(Apaixonada pelas fotos de Flaviele Leite)

INSPIRADA PELA IMAGEM... SAIRAM AS SINGELEZAS ABAIXO:

Desejo que leia[me];
O despercebido seja o pasmar;
O óbvio soe surpreendentemente aos olhos!...
O despertar de mais e mais...
Lida... seja amada!
Longe do clichê... perto de explodir: [e] eu amo!
O efêmero de dividir as batatas... o travesseiro:
- É a eternidade aos meus olhos! 


***********************************************************************

"Coisa rara e bonita é a gente poder se comunicar por meio da alma, sem que palavra alguma necessariamente aconteça."

(Ana Jácomo)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Curta o curto XX

Parte I:
Ele disse: - Preencho meu vazio com a fumaça do cigarro!...
Eu digo: -Preencho o meu vazio com excesso de amor!...


Parte II:
Eu disse: - Fumo sentimentos que preenchem-me!...
Ele diz: - Você é a base de todos os planos que temporariamente preencho com fumaça!...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sirvo o café...

(Imagem retirada do Google)
Sirvo o café...
Capuccino:
-Sem creme, sem chocolate, sem leite!
Sem cafeína também!

Sirvo o café...
Café-café:
- Bom espresso sem pressa!
Sem calor também!

Deixo rastros de gelo e o café todo vira batida:
Ligeira no peito,
Atrasada nas palavras...
Embriaguez sem álcool...
Linhas tortas de bêbado...

Sirvo o café...
Kopi Luwak virou Pilão...
Nas mãos da garçonete!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Leitores-amigos:

Peço a compreensão e paciência de vocês!
Atualmente passo por momentos de mudanças e batalhas cotidianas intensas, mas procuro ler os blogs queridos na medida do (im)possível...
Comentários precisam ser respondidos e outros tantos escritos (eu adoro deixar meu rastro para que tenham certeza do sentimento inebriante que despertam)!...
Enfim, em breve voltarei com mais gás ;)

Abraços carinhosos a todos!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Curta o curto XIX

-Vamos lá?!
- Vocês vêm cá?!
(Não, já não combino mais:
Uso um pé de cada meia!)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Curta o curto XVIII

Perguntam-me de estilo:
Não sei que trem é esse,
Só sei que meu vagão são palavras que me sufocam!...

Curta o curto XVII

Ele tem várias pintinhas...Ela também tinha...
Eu não tenho!...
- Mais vale não ter e beijar quem tem, do que ter e beijar quem não tem!
Pronto, fal[h]ei!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Curta o curto XVI

Meu coração é jardim;
Aorta: Hall social;
Pensamentos: Salão de festas;
Sonhos: elevador...
Nossa! Sou condômino de Mim!

Curta o curto XV

Se o passado é memória,
Se o presente é o viver agora;
O futuro é sonhar...
Por que queria apagar passos?
Viver como se fosse o adeus?
Sonhar o que poderia ter sido?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu ganhei uma gaveta...

(Imagem do Google)

Tenho vaga no armário dele!...
Escova de dentes;
Vazio cheio de quinquilharias que pulsam no guarda-roupa...
Um roupão!...
Maçaneta que gesticula, convite para que fique...
Adeus ônibus!...
Gaveta; dentes a sorrir; miudezas a pulsar; toalha que acaricia...
[Se isso não for amor...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O não-dizer aritmético


Números, cálculos, hipotenusas que não vivo;
Sei que meu oposto quero ao meu lado!...
Não calculei... e as palavras dançaram além papel;
Não respiradas - multiplicadas sequencialmente!...
Desconheço operações, calcular medidas;
Arrependo-me do ímpeto não ser maior do que sinto!...
Sou escrava de letras nem sempre crescentes;
Faço-me denominador incomum!...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Curta o curto XIV

E o óleo essencial acarinha... 
As mãos que perfumam perfuram capas
Aromatiza as veias, embriaga, incendeia a pele;
Impregna o tato de o-dores;
Aglutina ol-fatos por querer-te!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AVISO

Leitores-amigos:

Com mil pensares... ideias a se misturar... nada consigo exprimir!
Diante disso... eis a pausa mais do que necessária com a promessa de visitas aos blogs queridos que sigo!


Abraços carinhosos a todos =)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Curta o curto XIII

Deixa as linhas fluirem,
Deixa o coração no papel influir...
A inspiração diz aquém ... flutua!...
Eis que eterno aprendiz fulgura!

sábado, 24 de julho de 2010

Camurça

 (Foto por Flaviele Leite)

"... Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar..."  (Clarice Lispector)


Marrom claro a aquecer-me;
Tato agradecido / agraciado...
Couro de cordeiro macio a latejar...
Ciúmes da sobrepele, sombrahumana - sobreaviso...
Leveza do felpo... abrigo efêmero;
... Ausência de sua pele é l-imã-o na ferida!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Curta o curto XII

Segue a ata!...
... E o coletivo não é deliberado!
Sou lagarta!
... E  o mundo não está preparado para acolher borboletas!

Curta o curto XI

Eu não sei e não devo sabê-lo até o dia em que saberei...
E a dúvida há de sanar?!
Não... sei!
Não, sei!
Não sei!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Curta o curto X

Recebo chocolate, balas... doces!...
... Como quem recebe mais um pedaço de vida!...
Eu ganho... sem graça!...
De graça você me ganha...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Citando Fernando Pessoa... e sobre minha pessoa...

 (Foto por Flaviele Leite. Achei-a ideal: pensamentos a mil)

Lendo, fuçando... Vale a pena citar:

[fragmento]
Ah, mágoa de ter consciência da vida! 
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo, 
Que rasgas os robles — teu pulso divida 
Minh'alma do mundo!  

Ah, se, como levas as folhas e a areia, 
A alma que tenho pudesses levar - 
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia 
De eu ter que pensar!  

Abismo da noite, da chuva, do vento, 
Mar torvo do caos que parece volver - 
Porque é que não entras no meu penssamento 
Para ele morrer?  

Horror de ser sempre com vida a consciência! 
Horror de sentir a alma sempre a pensar! 
Arranca-me, é vento; do chão da existência, 
De ser um lugar! 
  
(Fernando Pessoa)

Não sei se é o sono que não vem... 
Estou em uma fase mais do que pensativa... as pálpebras querem cerrar quando o sol já vem, então com as duas mãos seguro o dia!... 
Mas eis que de tanto pensar é inevitável que se queira dormir!...
Não sou uma alma serena... tão pouco um ser brilhante!... Preciso de sete horas!!!
Clariceando... por vezes considero-me um coração batendo no mundo e em troca de amor mais amor!... Sinceramente penso que é o automatismo que o tempo insiste em manipular, a brincar e testar meus nervos!... Ou o sono fecha meus olhos no momento exato que o músculo bate!... Então durmo na hora errada!!! Prefiro sentir!...
No momento quero ficar com a sensação de que estou certa... falta... um 'seilá,' talvez nunca saiba... Afinal, é apenas o sono que não vem...
Hoje fico com a pessoa de Pessoa!

Curta o curto IX

Ontem: confetes!
Hoje: tudo bem?
Sim, está!
(cansada... esperava-se a magia da/na qual todos dizem!)
Isso basta!...
Basta?!
(sem coelho na cartola...)

Curta o curto VIII

Meus nervos pedem camomila;
Meu olfato pede café!...
Meus pulmões pedem flores do campo;
Meu coração pede o seu cigarro!...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Da senhora que toma sol...

(Foto por Flaviele Leite. Linda!)


Todo dia que é sábado passo pela casa : branca... cabelos, mãos, vibrações: "a senhora que toma sol"!
Sem alcunha e eu sem coragem!...
O trajeto é alegre... é o sábado, normalmente sábado... o sol brilha gostoso e o gelo é apagado. A "senhora" lá está: cadeira, portão, sorriso sutil... Chega a fazer cócegas!... Mal viro a primeira curva, uma vontade de escancarar os dentes... Nada... não... Nem uma palavra... "a senhora que toma sol" também toma vocábulos!... Balanço a cabeça como quem diz:
- Bom dia! Sabe... sempre a observo... parece-me ligeiramente triste... mas dá um não-sei-o-quê em mim!... Tem mais: o amor toma sol contigo!...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Curta o curto VII

Ligou... não somente em/no aparelho;
Mas [há] algo cá dentro!...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Curta o curto VI

A incerteza aplaude meu tremor;
minha paralisia;
o não ir... o não vir... impelir!
Vamos?!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Curta o curto V

... Fez-se do frio desculpa:
Lado a lado é aquecedor viável!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Curta o curto IV

Sei que a saudade é estaca...
O tempo insiste em cravar!
Pac, pac...
Mais uma veia... mais uma vez!
Nenhum dedo!

Afagos raptados! AMOR

(Foto de Flaviele Leite. Capta o amor em essência)

Continua o sequestro por alguns dos blogs que tanto admiro...
Trechos (ou não) com as respectivas fontes!...
Abraços carinhosos em todos =)


AMOR
 
I
Quero juntar meu olhar com várias emoções,
ferver minhas mãos com outras até senti-las doer,
perder as prisões que me acanham
e me enclausurar em detalhes que,para sempre, me inspirem.
(THOMAS ALBUQUERQUE. In: http://tasapreciacao.blogspot.com/)

II
Vou tecer um cachecol com teu gemido
Roubar as flores deste vestido
E replantar em mim o teu refrão
Eu quero ser a tua decisão...
E vou dizer, meu céu

This it:
Teu ponto de partida
é meu coração
(JAIR FRAGA. In: http://jairfragavneto.blogspot.com/)

III
O pulso do meu coração demarca o limiar das horas;
No não tempo em que bate arritmico dita as não regras...
Meu amor não tem tempo nem regras,
Acorda sempre para não dormir, vive sempre para não morrer.

Hoje apaixonado, calaram!
Mas digo sou inteiro,
Me sentindo mera metade
De algo muito maior!...
(SIDNEI CORDEIRO. In: http://alendalua.blogspot.com/)

IV
Ca(lar)

Minha casa
não é aqui
nem lá.

Eu moro dentro de você
e você dentro de mim
é qualquer lugar.
(ÍGOR ANDRADE. In: http://fugadointelecto.blogspot.com/)

V
Ao papel do tempo
não resiste, -
vento que insiste
em soprar os véus...

Eles vão caindo,
caindo...
E ela vai indo,
indo...

Paixão é imperativo, sim,
mas só o amor
sobrevive a gerúndios;
dizem...
(JU RIGONI. In: http://jurigoni.blogspot.com/)

VI
Não sei se do amor agora sou dono
Ou se ele faz de mim papel carbono
Com que extravasar em papéis a tinta
Que embora diáfana se enfraqueça
Tão logo me passe pela cabeça,
Exata chega a quem quer que me sinta.

As noites de sono foram embora,
Por ausente o sonho... que agora, enfim,
Desperta na cama ao meu lado – fora...
Assim... do lado de fora de mim...
(LEANDRO HENRIQUE. In: http://anjomalandro.blogspot.com/)

VII
o amor às vezes é ilha
que só se encontra
quando se naufraga
(GERALDO DE BARROS. In: http://semcatraca.blogspot.com/)

VIII
O melhor
do amor,
à minha maneira,
não é amá-lo
inteiro,
mas inteira
(RENATA DE ARAGÃO. In: http://docedelira.blogspot.com/)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Boca com flores

(Belíssima imagem por Flaviele Leite)

Primavera Nos Dentes
Composição: João Ricardo/João Apolinário

Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
E no centro da própria engrenagem
Inventa a contra-mola que resiste

Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestade decepado
Entre os dentes segura a primavera

... E não tenho certeza do SER;
O verbo deveras me cala...
E o que antes, claro... hoje anoitece;
Palavras tecem os suspiros! 

Sem perder a candura... perde-se a cabeça!...
Achemos o caminho... a Pasárgada escondida...
A cama para que o desespero repouse...
Sua não-cabeça em mantos primaveris!...

Ó SER que não sabe sê-lo!
Que não sabe dos quereres;
Que nada sabe... mas a tudo sente!...
Carregai-me com as flores... em seus dentes!...

domingo, 6 de junho de 2010

Curta o curto III

... E fez dos poemas cópias ocultas!...
Não se pode esconder o que [se] sente!
Pudera ter o domínio do DELETE... às vezes...

Curta o curto II

As lágrimas de outrora deixaram um bonito papel machê!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Curta o curto I

Queria gritar... mas a calada da noite me cala...
Os tendões inflamados inflamam o sono...
Logo chega!...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Do sábado de cada dia...

Disse-lhe que não seria inspiração...
Tal como a criança impedida de chorar
Ao ver partir a mãe!...
Blefe... - Não, tentativa do orgulho!

E rasbico, desenho, cantarolo...
In/re spiro canções que você deixou,
Minhas não porque assim o são...
Mas porque assim o quis!...

Misto de graça e ternura
A espantar-me fantasmas...
Supreender-me... um e um... são um!...
E para nós todo dia são SÁBADO,
- Para o resto do mundo não...
Lamento!

Tentativa sem regras: escrever sensações do hoje!

Hoje acordei querendo dormir!... Pensando em tantas coisas, histórias que já se foram, outras tantas que ao menos vivi!... Em vão tentei escrever sobre os sentimentos que desperta[m] em mim!...
Pensando, pensando, roendo unhas do amor que não tem medida, mas que há muito a poesia abandonou!...
Apaguei, reescrevi... O que transpiro? Ideias que me deixam insegura e assustada: bicho papão é/da vida!...
Queria poder dizer o quanto me alegra aguardar os sábados... aguardar o sono reparador... os “bom dia”... Não consegui... Inquietude não tão quieta... Suspensa no peito como balões...
Estilingadas seriam bem-vindas... ou apenas adiariam a vontade de dizer e não saber!?...
Longe de comparar... Comparo!... Tento me enganar, adiar o que quero gritar: não sei... e não saber me atrasa!... É... meu tempo é pontual!
Não sei o quanto... Não sei o tão longe... Li a alma de outrem... e a minha fica a ir ao encontro, depois volta assustada!...
... Voltar para as cobertas fica mais fácil do que saber que não é ou será igual... Saber que a vida possivelmente tenha se tornado mais séria, seca, talvez menos divertida!...
Dói!...
E medir o que não se mede soa para mim... no momento... como pedir para as flores não morrerem!... Não sei... não entenderá... Mas para mim o escrever compreende!...
Passarinhemos... à Quintana!

Passou!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Só sei que foi assim"...

Bordões que não se apagam, 
Impregnam-se nas vestes que uso...
Está frio... Muitas roupas!... 
... Cachecol, quase um condão!

E as mãos tiritantes, tremem, tremem...
Letras tortas saem, sangria verborrágica
- Espremem-se, lutam...
Quando todas têm um vão!...

Relógio, tempo, vento...
Que horas? Qual ar?
Quando? Quando?
E eu? Perambulo-ando!...

Já sei do que não será...
Já sei da lacuna crescente...
Já sei da falta sem vivê-la...
E esta já pesa...
Nem tudo são Jaz!...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Afagos raptados!... SOBRE A POESIA

(Imagem por Flaviele Leite)

Eis que sequestro pequenas pérolas de grandiosos corações e aqui aproveito para compartilhar:


  ... Sem barreiras para sentir-se acolhido...

 algo novo

         grita pra sair

de dentro do óbvio


ovo

que só a poesia choca.
(De Geraldo de Barros)

 ... Sensações mais do que apreciadas... Sentidas:

Lindos versos
Pairam, voam e brotam
Maravilhosamente...
Mesmo quando a gente
Vaga por aí sem pensar.
(De Thomas)

... Além da lua, há um cantinho repleto de ideias... ideais:

Cada qual com a sua forma, escreve;
Sente o pulsar e o atrito da caneta,
Que sobre o papel de manso transforma
A ampla planicie branca em paisagem.

Árvores e rios, amor e solidão, alegria e tristeza.
Sementes que germinam...plantação de sentimentos;
Vivos!quando mortos, adormecem no papel.
Em outro coração ressurgem, até que branca e lisa como de início,

Torne-se folha, caida em outono brando,
Aguardando nova primavéra.
(De Sidnei Cordeiro)

... Essencialmente poesia sentida... literal ou não:

“Se todo às emoções terás surgido
e se, Poeta, versas do vazio
ainda assim, sou mais que as emoções
ainda assim és nada em teus escritos...”
(De Osvaldo Fernandes)

 ... E do doce palco poético, AMAlá:

Sonhei dar à luz um poema perfeito
mas ele veio assim, ao meio.
Que culpa eu tenho?
Fui obrigada a amá-lo
fazemos isso com os filhos
mesmo os rebeldes.
E continuo a parir outros
centenas de irmãozinhos pagãos
para os já excêntricos que me moldam.
Haja fios brancos e linhas tortas
para (d)escrevê-los.
(De Lara Amaral)

... Das pimentas doces n'alma:

Traduzir-se em signos
Em língua pensamento - vil
Em língua falada – torpe
Em língua vocábulo – como?

Signos significados símbolos
Intérpretes
Dicionário dissonante
Discrepante

Bailam palavras e sons
Máscaras ocultas incultas
Peixes voadores em saltos
Caíram no barco – diálogo.
(De Gi Moreira)

... De lados iluminados:

Sou
O verbo
Que não
Cala

E

Uma
Poesia
Em
ponto
De
Bala

No
Seu peito
Vou fazer
Revo-
lução. *
(De Jair Fraga)

... Pulsos que impulsionam-nos:

Tropecei
Num poema morto
Sem nome
Nem autor

Encontrei-o
Caído
Prostrado
Na calçada
Enlameada

Aproximei-me
E ergui-o com cuidado
Para que se não desintegrassem
As palavras
Que nele estavam
Incrustadas

Li-o emocionada
Porque lhe senti o amargo
Do malogro
Que o matou

Só no fim percebi
Que o que ali
Jazia
Nas minhas mãos
Era um bilhete suicida
De um amor
Proibido

Que nunca foi...
(De Cleo)

* Espero que os poetas não sintam-se de algum modo prejudicados...
... Levantei alguns poemas (trechos ou não) pelos quais me apaixonei cuja a temática POESIA encontrou abrigo... Leio carinhosamente os blogs dais quais sigo... Que estes acima sejam apenas representantes desse vasto universo lírico e encantador!
Abraços a todos!

Auto traição...

Perfídia do[eu]...
Promessa que fiz: Não irei!
E fui!... 
- Contraste do tempo desleal...
Infiel do cerne... na qual se diz:
- Não repetirei!...
E eis que faço novamente... 
... E a ferida não fecha,
O mar não carrega, o tempo não apaga!...
E tenho outra "mim" a [me] instigar...
Fatalmente eu me traio...
E atraio contradições que não alcanço...
... E se alcançasse?
Traição no a[u]to!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O enfermo


Sorriso a derreter,
Febre que liquifaz:
Tempo a escorrer!
Volta que não refaz!

O enfermo, na cama, cochilo enganado;
Na cabeceira: telefone e flores que não desejou...
Doente que cospe feridas - outro machucado;
Do termômetro fez-se espada - outro exasperou...

Dor aguda, mexe-lhe com a razão;
Pertuba(dor)... Vazão da vertigem;
Ver-se dilacerar sem saber sua origem;
Voam fuligens de músculo do são...

AMOR

Composição: João Ricardo - João Apolinário
 
Leve, como leve pluma
Muito leve, leve pousa.
Muito leve, leve pousa.
Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma.
Sombra, silêncio ou espuma.
Nuvem azul
Que arrefece.
Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma.
Que em mim amadurece

domingo, 25 de abril de 2010

Traga água doce!...



Eu sabia que ele viria!...
Não, não havia a certeza,
O saltitar no peito e entusiasmo das mãos
- que teimam em pentear-me e perfumar-me... e "mes" de nós...

Eu queria que viesse!...
E do desejo do querer acredita-se,
Banha-se, troca-se...
Roupa de festa para a fresta da porta 
- que teima em não abrir!...

E atesta-se, contesta-se, manifesta-se:
Ainda nem um sinal!
MAS ele vem!
Pernas inquietas... e "ses" de mim...

Nada... nada... o nada é algo...
O algo é preencher...
Lacunas assustam-me...
Logo... salve o lago de sentires
- que teima em deixar-me boiar!...


Sê nosso esse lago!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Poema de Cassiano Ricardo

(Foto por Flaviele Leite)

As Andorinhas 
(CASSIANO RICARDO)
Nos
fios
ten
sos

da
pauta
de me-
tal

as
an
do
ri
nhas
gri-
tam

por
fal
ta
de u-
ma
cl'a-
ve
de
sol

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Flaviele

 (foto de Flaviele)
Doce menina, congela a imagem
Pausa - tempo para:
Paisagens, perfumes, amores, paixões...
... Fulguram!

Flaviele é menina-moça, 
Traquina, pula, sorri...
Coração de criança,
Com a grandeza das eras!...

Flaviele é Flá:
Três letras
- carinhos sem valor...
Ele vi, Flá... Flá, vi ele...
Seja visão, seja cacófato...
Flaviele é do tamanho que tem de ser!...

E quando tudo parece tirar-lhe o ar... clica!
... E quem não respira somos nós!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ansiedade em pétalas...

(Foto de Flaviele Leite)


Hoje estou ansiosa!...
Poderia encerrar assim, sem pormenores...
Deixemos a ferida cicatrizar...
Inalemos o perfume da flor...
...Quando a mesma banhar-se plenamente de sol!...

... Mas o desejo de gritar não pausa meus dedos!...
Grito [en]surdo[dor]...
... E as reticências não colocam fim:
Branco alheio que me arranha!...
Sabes? Pudesse saber...
Só sei que a lacuna é sentida,
Que a sentida cutuca,
Que os olhos nos olhos incomodam...
Oras, se incomoda refletes...
Se refletes... age!
Assim aguardo...

Atenciosamente, SAUDADE!...

Selo

Pequeno mimo aos blogs:

- Baita Blog;
- NOP;
- Pimenta Poética;
- Pensamentos, poesias e textos ao vento;
- Leca

Abraços a todos!

Create your own banner at mybannermaker.com!
Copy this code to your website to display this banner!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Gole de amorida...

(Linda imagem por Flaviele Leite)
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos ! - (Clarice Lispector)


Amo-te e bebo-te!...
Bebida gelada -

Agregada: aquece!...

Canto e brindo à vida...

A vida... ida...
Tão somente a alcolizar-me de alegria...

Peito a pulsar, costuras na alma...
Já não sei se sou ou suo:

Líquidos segregados do que não (se) parte!...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Selo

Create your own banner at mybannermaker.com!

Pequeno mimo aos blogs:

- Divagações AlendaLua;
- Fuga do Intelecto;
- Meu divã é na cozinha;
- Meio pau!


... Como disse... aos poucos distribuo ;)

Deixarei por uma semana...

Abraços a todos!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Do Kiwi que quiuía...

(foto de Flaviele Leite. In:http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl )

A aparência mais que âmago
- Sapiência do recém-nascido...
O exterior amacia
- Mãos cegas!...

Do choro choroso...


O choro toca, balança,

Não cansa... Agita...

... Lágrimas plangentes no salão...

Coração é mais tantan que tuntun!...

terça-feira, 23 de março de 2010

Josi

(Foto de Flaviele Leite. IN: http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl)


Josi é outra...
Outra face ou mesmo corpo...

A ocupar idêntico espaço?...
Ou outro passo...

A caminhar no espaço entre nós?
...
Ou é enlace da qual não desfaz...
Pudera ser fugaz - trem-bala!...

... Ou atendente a recepcionar:

Breu com dono,

Flutua, viaja, some?...

Ou apenas equívoco de articulação fonética?!...

quarta-feira, 17 de março de 2010

"Eu te amo", de Tom Jobim e Chico Buarque


... Ao acaso encontrei uma análise semiótica da música!... Trata-se de um artigo de Peter Dietrich, na qual discorre sobre a relação entre o texto linguístico e o texto musical, levantando as relações existentes entre os elementos... Resumidamente: símbolos... Eis que compartilho parte dele, bem como a letra!... Sem matar o sentido individual... ;)

EU TE AMO                                                      Composição: Tom Jobim / Chico Buarque
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.


(...)O amor relatado pelo narrador não é apenas intenso. Ele é, literalmente, visceral. Podemos verificar esse fato principalmente nos versos: 'Já confundimos tanto as nossa pernas/ Diz com que pernas eu devo seguir', 'Se na bagunça do teu coração/ Meu sangue errou de veia e se perdeu'. Sujeito que ama e objeto amado se entrelaçam e se confundem (...) Nestes versos podemos perceber que a proximidade entre os amantes é tanta que chega mesmo a superar o conceito de proximidade: estamos diante de um amor que chamaremos de 'fusional'(...)
O mundo em que este amor acontece não faz fronteira com o mundo externo ('Rompi com o mundo/ Queimei meus navios'), nem tampouco é limitado temporalmente ('perdemos a noção da hora', 'noites eternas').
(...)
Seguindo as estrofes da canção temos o seguinte padrão melódico: AB CD CD C. É importante notar, desde já, que esta é uma estrutura inusitada(...) temos uma estrutura assimétrica (...) O tema melódico das partes A e C é construído a partir de uma escala cromática, ou seja, uma escala que 'anda' de meio em meio tom. Nesta canção as notas estão portanto absolutamente coladas: não há espaço possível entre uma nota e outra. Já nas partes B e D, podemos observar a presença de diversos saltos intervalares: é a manifestação da disjunção, da descontinuidade (...)"

Levanta-se a aprendizagem...

(Foto tirada por Flaviele Leite. In: http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl)

Na interação checamos hipóteses,
... E similitudes são averiguadas!...

Em intervenções constantes

Avança-se à doce constatação:

De um gostar sem tabelas!...

Ações são intensificadas,

A sincronia é embalada por batidas invisíveis,

Sem que se excluam outras...


... Estabilidade espontânea que desabrocha em sorrisos recíprocos!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Há tempos não canto amor...

(Foto por Flaviele Leite. IN: http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl)
Amor é rosa instável que ora perfura, ora perfuma;
Sorrateira, domina veias, de duas aortas, deixa uma.
Flecha que tange em um corpo já oco;

O que nos fere, depois adere e centímetro é pouco!...

Eu amo e cantar basta ao meu coração;

Sou amada e sentir é a certeza-explosão!...

Estou em um dia fatigado...

(Foto por Flaveiele Leite. IN: http://www.flickr.com/photos/flaviele-apl)

Ouço o castanho de seu olhos bramir:
- Respiração densa também é bronca
E a insatisfação encobre a raiva!...


Olhos nos ouvidos, lábios na linha:

Balbucio ao léu desejo de aproximar,

Vontade rouca de tocar o que escorre,

E o querer é encoberto por nuvens mandrionas...

... E no caderno sem pautas suspiro:
Leveza entorta, espantados por sussuros...

Por fim, tédio evidenciado!

domingo, 7 de março de 2010

Para os amigos...


... Excerto em especial a meu amigo poeta que apenas começou a ler ;)
O Pequeno Príncipe
...
Recomendo e releio!...

Abraços!
... que deixemos-nos cativar!...

"(...)O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. "De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.

- Bom dia! - disse ele ao léu.

- Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco.

- Quem és tu? - perguntou o principezinho.

- Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco.

- Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele.

- Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.

"Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro."

Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.

- Bom dia! - disse ele.

Era um jardim cheio de rosas.

- Bom dia! - disseram as rosas.

Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.

- Quem sois? - perguntou ele espantado.

- Somos as rosas - responderam elas.

- Ah! - exclamou o principezinho...

E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ele era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!

"Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade..."

Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso..."

E, deitado na relva, ele chorou.

E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia - disse a raposa.

- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.

- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa - disse a raposa.

- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...

-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.

- Ah! Desculpa - disse o principezinho.

Mas, após refletir, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?

- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?

- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?

- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...

- Criar laços?

- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra... (...)"

Trecho de O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry.